terça-feira, 29 de novembro de 2011

Aumento do salário mínimo gera conflitos

No dia 22/11 foi aprovado aumento do salário mínimo pelo STF com 8 votos a favor e 2 contra (percebe-se a falta de unanimidade dos Ministros, ao contrário do que ocorreu na votação do aumento dos salários dos vereadores, conforme postagem anterior). O aumento salarial será de apenas 7,5% ao contrário dos mais de 60% dados aos vereadores, ou seja, hoje o salário mínimo é de apenas R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais) e a partir de 2012 passaria para R$ 619,21 (seiscentos e dezenove reais e vinte um centavos) para suprir as necessidades básicas do cidadão conforme informa o art. 7º da CF/88: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim."
Pois é com esse salário que temos que suprir todos esses requisitos que consta no artigo acima. É possível fazer tudo isso com tão pouco?
O interessante é que toda vez que ocorre um reajuste salarial onde o beneficiado é o contribuinte sempre existe uma previsão de gastos para os cofres públicos e com o reajuste de R$ 74,21 (setenta e quatro reais e vinte um centavos) terá um gasto de 21,5 bilhões. Agora porque quando foi aprovado o aumento dos vereadores de São Paulo não foi informado que terá um gasto anual de R$ 1.188.000,00 (um milhão cento e oitenta e oito mil reais) com os 55 vereadores?
E porque não temos direito ao aumento na mesma proporção de 60% no salário mínimo? Se somos nós que bancamos esse país com a quantidade de impostos que são atribuídos em tudo que consumimos.
Pelos dados do site www.impostometro.com.br, até hoje (29/11) já pagamos mais de R$ 1.300.000.000,00 (um trilhão e trezentos bilhões. Dizem os estudiosos que trabalhamos 5 meses só para pagar os impostos, acho que essa informação já está equivocada, pois a quantidade de impostos só aumenta a cada ano. E ainda tem políticos que desejam voltar com um imposto que já foi chamado de CPMF (lógico que dariam um novo nome para o imposto, mas a finalidade seria a mesma, repassar os valores para a Saúde) Agora com tanto imposto pago será que não dá para investir uma parte na melhoria dos hospitais, Amas etc?
Em que país vivemos? Vamos acordar antes que seja tarde demais!

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