É muito interessante como um traficante que está preso em uma penitenciária "que se diz" de segurança máxima na cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte tenha movimentado ao longo de 10 anos em que está detido o valor de 62 milhões de reais com a lavagem de dinheiro advinda do narcotráfico.
O esquema consistia em criar empresas no Estado de Mato Grosso do Sul, em Belo Horizonte e em Foz do Iguaçu, nessas empresas se fazia a lavagem de dinheiro, além de papéis escritos e enviados até o Complexo do Alemão para obtenção de drogas no mercado negro, vindo principalmente do Paraguai. Para que se chegasse ao "cabeça" foi feito um exame grafotécnico e descobriu que a letra é do sr. Fernandinho Beira-Mar.
As investigações foram iniciadas há 10 meses e só foi descoberta no início deste mês onde foi comprovado que existem 112 pessoas físicas envolvidas e 70 pessoas jurídicas. Já foram expedidos 20 mandados de prisão, sendo que 16 já foram cumpridos (e metade destes já estavam presos antes desta mega operação da polícia), existem também 24 mandados de busca e apreensão e o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) juntamente com a polícia civil solicitaram o bloqueio e o sequestro dos saldos de contas bancárias por onde circulavam 20 milhões de reais.
É incrível como a polícia se tornou uma instituição fraca, pois em um local onde só o advogado do detido é que pode ter contato e com uma divisória de vidro (onde não se poderia ter troca de objetos, esse grande traficante continuava a comandar o esquema milionário do narcotráfico), essa situação só leva a crer que não existe penitenciária de segurança máxima. Como diz o jornalista Bóris Casoy: "Isso é uma vergonha".
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