quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Funcionária do TRT de Brasília pode ter desviado R$ 7 milhões de processos

A corrupção está em todo lugar, é na política, são nas próprias empresas para o qual prestamos serviços e também no funcionalismo público. Este não é o primeiro e não será o último, pois enquanto as nossas leis forem frouxas e o sistema de fiscalização não for rígido, esse emaranhado de corruptos permaneceram agindo impunes.
Agora é a vez de uma funcionária pública concursada desde 2002 que a partir de 2006 foi transferida para a 2ª Vara do TRT de Brasília e como tinha acesso as informações de contas judiciais, ela passou a encaminhar ofícios falsos aos bancos solicitando a transferência dos valores para contas bancárias indicadas por ela e após a transação feita, sumia com todas as provas que pudessem incriminá-la. Foram usadas contas de laranjas e de parentes e apareceram pelo menos 10 carros em nome de seu companheiro. No momento já foram identificados R$ 5 milhões em desvios para a conta bancária da funcionária, mas a polícia desconfia que esse valor pode ser ainda maior.
Esse roubo só foi descoberto, pois uma advogada vendo os autos processuais verificou um andamento dado sem sua autorização e denunciou.
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil estão fazendo um levantamento de todas as guias de depósito judicial referente a 2º Vara que possa ter sido movimentada por esse esquema. Além disso está sendo feito um levantamento completo de todo o patrimônio da funcionária e as contas bancárias e bens já foram bloqueados.
O presidente do TST solicitou aos juízes que evitassem transmitir essas informações sobre contas bancárias aos funcionários dos fóruns e que a partir de agora fossem os responsáveis para emissão de ofícios de guias de depósito judicial. Mas venhamos e convenhamos a corrupção também existe no meio jurídico (entre juízes, promotores e advogados), o que realmente precisa é de um verdadeiro sistema de fiscalização, até porque os tribunais também fazem sua contabilidade e existe um órgão especializado para verificar esses lançamentos e isso não foi feito, pois deixou passar esse grande rombo que lesou as partes interessadas dos autos que são os trabalhadores, as empresas e principalmente a União, sendo assim, recai em todos os contribuintes desta Nação. Já passou da hora de tomarmos vergonha na cara, minha mãe sempre me ensinou que pegar uma agulha de costura de outra pessoa, sem a mesma saber é roubo. Será que esses políticos, os donos de empresas, os próprios funcionários de instituições públicas ou privadas, não tiveram esses ensinamentos básicos?

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